plantio4
LEGENDA

O projeto é coordenador pelo Prof. Dr. Adolfo Bantel da área de Engenharia Florestal, e conta com o envolvimento de alunos de práticas profissionais dos cursos de Agroecologia, Meio Ambiente, Química, Gestão Ambiental e Biotecnologia do Câmpus Xapuri. A proposta no município começou há seis meses, integrando ações do Centro Vocacional Tecnológico de Referência em Agroecologia e Produção de Orgânicos (CVT Agroecologia).

A Prefeitura Municipal cedeu espaço em um terreno em uma área alugada para o viveiro municipal. A parte do viveiro montado pelo IFAC segue os fundamentos agroecológicos. O material das caixas é oriundo dos restos da reforma do prédio do próprio Câmpus Xapuri. Ao invés de sacolas plásticas, são reutilizadas garrafas pets como recipientes das mudas.  A terra é compostada no local, com parte do que resultou do abandono de uma década de materiais de uma serraria que funcionava ao lado do viveiro, além de cascas e frutos. As mudas foram conseguidas da preparação de sementes, de mudas da região e também algumas foram doadas pelo Viveiro da Floresta.

O engenheiro florestal também explica que no sistema agroecológico algumas plantas que no sistema tradicional são consideradas “invasoras” e que “sujam” são mantidas. “Desde que elas não sufoquem as outras, elas ajudam a conservar o solo e criam microclimas”, explicou.

Segundo Prof. Bantel, são cerca de 30 espécies. A ideia inicial era um lote de 600 mudas arborísticas.  Agora a proposta é de 30 mil. Pelo menos 7 mil já estão prontas. Além de servir ao projeto de aroborização  dos espaços públicos do município, parte será destinada a recuperação de mananciais, como o córrego Santa Rosa, numa parceria com a organização não-governamental WWF.

Além das mudas arbóreas do projeto de paisagismo, o viveiro também abriga hoje projetos de outros professores.  O agrônomo Prof. Dr. Uilson Matter coordenou no local canteiros com mudas de frutíferas como goiaba, manga e limão geradas em práticas de enxertia.

O zootecnista Prof. Ms. Liandro Beserra demonstra no local o plantio de gramíneas para melhoria de pastos. E o agrônomo Prof. Dr. José Márcio Malveira pretende instalar no local uma estufa para cultivo de hortaliças.

“Tocamos os projetos porque nosso compromisso é com a comunidade e com o meio ambiente, mas sonhamos muito que todos se deem conta que é preciso se envolver. Para as práticas em cursos técnicos e tecnológicos como a proposta do viveiro, por exemplo, não há férias. É algo contínuo que precisa da escala de manutenção. As árvores que estamos plantando nas praças também precisarão de cuidados da gestão municipal. Fazemos a nossa parte, mas todas as propostas só terão sucesso se houver consciência e envolvência do coletivo”, argumenta Prof. Bantel.

O diretor Geral do IFAC/Câmpus Xapuri, Prof. Sérgio Flórido, agradece o compromisso dos docentes do IFAC em agilizar meios para que os alunos vivenciem práticas continuadas. “Muitas vezes nossas condições não são adequadas, mas não falta disposição para encontrar soluções e fazer, como estes exemplos”, disse o diretor, reforçando o argumento do Prof. Bantel.

No ato simbólico do primeiro plantio de 2014 do Projeto de Arborização e Ambientalização em Xapuri estavam presentes os alunos do quarto período do Curso Técnico de Meio Ambiente: Graciano Menezes, Ana Cláudia Gomes, Vanusa Souza, Maria Nalva e Giovânia do Vale.

Veja mais imagens.

Primeira árvore do Projeto de Arborização e Ambientalização em Xapuri é plantada